Este projeto é uma iniciativa do Instituto Terra Brasilis, junto com pesquisadores do Campus Florestal da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal do Paraná (UFPR), ICMBio e Embrapa com o objetivo de melhorar o estado do conhecimento sobre a dinâmica populacional, tamanho efetivo, status de conservação, extensão de ocorrência e diversidade genética de populações remanescentes de espécies de abelhas alvo do Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce e do Plano de Ação Nacional – PAN Insetos Polinizadores.
O projeto terá duração de 30 meses e envolve as seguintes ações:
1) Inventariar populações naturais das espécies de abelhas Epicharis pygialis, Epicharis minima, Eufriesea aeneiventris, Melipona capixaba, Melipona mondury, Xylocopa truxali, Hexantheda missionica, através de Banco de dados da ocorrência histórica olle locais de registro das espécies alvo e dados primários e confirmações de ocorrência de populações naturais e remanescentes das espécies alvo.
2) Monitorar a abundância, densidade e dinâmica populacional das espécies de abelhas Epicharis pygialis, Epicharis minima, Eufriesea aeneiventris, Melipona capixaba, Melipona mondury, Xylocopa truxali, Hexantheda missionica, através de dados comparativos do registro histórico e ocorrência atual de populações remanescentes, inferindo sobre dinâmica populacional e tendências das populações remanescentes das espécies alvo.
3) Realizar estudo filogeográfico e de sistemática molecular das espécies Epicharis pygialis, Epicharis minima, Eufriesea aeneiventris, Xylocopa truxali e Hexantheda missionica, com a definição de Unidades Evolutivamente Significativas e estruturação populacional das espécies alvo, indicando áreas prioritárias para a conservação destas populações.
4) Realizar estudos de genética populacional das espécies Melipona mondury e Melipona capixaba, baseados em sequenciamento genômico e marcadores altamente polimórficos, gerando a) estimativas de diversidade genética – número e riqueza de alelos, diversidade nucleotídica, heterozigosidade esperada e observada; estimativas de divergência genética – estruturação populacional, unidades evolutivamente significativas, diferenças intra e interpopulacional; dinâmica populacional e tamanho efetivo da população a partir de sequenciamento genômico e marcadores altamente polimórficos – SNPs; e b) Obtenção de genomas de referência, construção de plataforma de genotipagem – chips de genotipagem e identificação de genótipos prioritários para a conservação das espécies alvo
5) Ao final do projeto, espera-se auxiliar a implementação de políticas públicas e ações de conservação das espécies alvo, em especial com os Plano de Ação para a Conservação da Biodiversidade Terrestre do Rio Doce, com o Plano de Ação Nacional – PAN Insetos Polinizadores e revisões da lista vermelha da fauna brasileira ameaçada de extinção.
O projeto teve início em janeiro de 2024 e tem o apoio financeiro da Fundação Renova através do projeto Biodiversidade Rio Doce do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio)