Relatório Técnico 2013/2014

 

Ao longo dos exercício de 2013 e de 2014, o Instituto Terra Brasilis continuou algumas atividades iniciadas nos anos anteriores e deu início a novos projetos. A forma de trabalho seguiu a mesma adotada nos anos anteriores, compondo o quadro de projetos aqueles oriundos de convênios, acordos de cooperação ou termos de parceria com o poder público ou a iniciativa privada e de contratos de prestação de serviços. Todas as atividades desempenhadas estão em plena consonância com os objetivos estatutários da instituição, fazendo destes dois anos um período de muito sucesso institucional.

Entre as atividades realizadas ao longo do período 2013-2014, destacam-se:

 

1. PROJETOS DESENVOLVIDOS

 

Os anos de 2013 e 2014 foram marcados por muito trabalho e dedicação da equipe, principalmente no que tange ao desenvolvimento de projetos em continuidade a anos anteriores ou pela elaboração de novas propostas visando a complementação de atividades em andamento ou buscando abrir novas frentes de trabalho para o Terra Brasilis.


PROGRAMA PATO-MERGULHÃO

Como um dos principais programas do Terra Brasilis, o Programa Pato-mergulhão completou em 2014 13 anos de execução.

Ao longo de 2013 e 2014, o Programa Pato-mergulhão, por meio do desenvolvimento de diferentes atividades e envolvimento de vários profissionais, continuou a ser um dos programas de maior destaque do Instituto Terra Brasilis. Neste período contou com o aporte de recursos financeiros de três importantes fontes: TFCA/Funbio e FNMA, desde 2012; e a partir de setembro de 2013, iniciou-se a Fase 2 do projeto Pato Aqui, Água Acolá com patrocínio da Petrobras. Neste período, trabalhou-se nas principais linhas de ação do programa, que são a pesquisa biológica sobre a espécie, as atividades de comunicação e educação ambiental e a sustentabilidade rural.

A continuidade da pesquisa biológica envolveu campanhas de captura e marcação, monitoramento de indivíduos anilhados, instalação de ninhos artificiais, monitoramento da estação reprodutiva e o levantamento da ocorrência da espécie em novos cursos d’água. Destaca-se a obtenção de dados inéditos sobre a temperatura e umidade da incubação dos ovos, importantes para auxiliar o manejo do pato-mergulhão em cativeiro. Um filhote de um dia de vida, que não apresentava condições de sobrevivência na natureza, foi coletado e enviado para compor o plantel do Programa de cativeiro da espécie no Zooparque de Itatiba. Também relevante foi a continuidade do levantamento da ocorrência da espécie em cursos d’água ao norte do Parque Nacional da Serra da Canastra, levando a um aumento do tamanho conhecido da população, com o registro de nove novos territórios.

As ações de educação ambiental envolveram a comunidade escolar, os produtores rurais e a comunidade local como um todo. Foi muito importante o início do desenvolvimento de atividades buscando alcançar um público alvo específico e extremamente relevante: os tomadores de decisão (foi elaborado um folder específico para este público, bem como foi planejada a campanha Decisão Consciente, a ser divulgada em 2015). Estas atividades buscam aumentar o alcance de atuação do projeto, partindo do nível local para o regional, de forma a contribuir efetivamente para a conservação do pato-mergulhão.

As ações de sustentabilidade rural buscaram envolver os produtores rurais na conservação dos recursos hídricos a partir da proteção de nascentes e áreas ciliares. A área de APPSs cercadas e protegidas foi ampliada em mais de 60 hectares, prática que foi considerada muito importante pelos produtores especialmente nestes dois anos com chuvas abaixo da média. No momento, há uma lista de espera de pelo menos 25 proprietários que aguardam novo aporte de recursos no programa para o cercamento de áreas em suas propriedades. Foi dado início à implantação de uma propriedade demonstrativa, ambientalmente adequada, por meio da qual se busca disseminar tais práticas junto aos demais produtores.


PROJETO: ECOTECA DIGITAL

A Ecoteca Digital do Instituto Terra Brasilis, iniciada em 2011, tem como objetivo oferecer conhecimento e informações para subsidiar os interessados em Unidades de Conservação. O projeto conta com um aporte mensal de publicações obtidas a partir da autorização dos detentores dos respectivos direitos. A Ecoteca está hospedada no endereço eletrônico www.terrabrasilis.org/ecotecadigital, e disponibiliza publicações para visualizações e download.


PROJETO: PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS NO QUADRILÁTERO FERRÍFERO

Visando dar continuidade aos trabalhos que já vinham sendo realizados pelo Instituto Terra Brasilis com o objetivo de fomentar ações de prevenção e combate a incêndios em áreas protegidas da região do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, com ênfase nas áreas da Vale e nas unidades de conservação sob a gestão do Governo do Estado de Minas Gerais, foram firmados dois Acordos de Cooperação Técnica e Financeira com o Sindiextra, em julho de 2013 e junho de 2014, respectivamente. Nos anos de 2013 e 2014 as 4 bases distribuídas dentro do Quadrilátero Ferrífero combateram cerca de 800 eventos de incêndios, sendo a grande maioria em terras de propriedade da Vale ou seu entorno imediato, seguidos das Unidades de Conservação e seu entorno e ce por fim as áreas urbanas/de particulares

No ano de 2014, houve uma redução significativa no recurso disponível para os trabalhos, de maneira que o esforço de combate ficou reduzido à metade em função do número de brigadistas contratados.

 

PROJETO: AQUÁRIO DO RIO SÃO FRANCISCO DA FZB-BH

A Fundação Zoo-Botânica de Belo Horizonte – FZB-BH possui um aquário do Rio São Francisco no Jardim Zoológico de Belo Horizonte - MG, onde executa atividades de pesquisa e educação ambiental, além de oferecer mais uma opção de lazer à população. O Instituto Terra Brasilis apoiou esta iniciativa através de convênio firmado com o Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais, visando a manutenção do plantel de peixes deste Aquário. O projeto consiste na aquisição de materiais de consumo e coleta e transporte de peixes para a FZB-BH, a partir de demanda da equipe do Jardim Zoológico. No ano anterior foi licitada empresa para realização desta coleta e o trabalho realizado pelo Terra Brasilis consistiu basicamente na gestão dos recursos e dos processos licitatórios visando a execução das atividades previstas. Este projeto teve término em setembro de 2013, quando foi entregue a última prestação de contas e o relatório técnico.

 

CENTRO DE VISITANTES DO PARQUE ESTADUAL DO RIO PRETO

Desde maio de 2011 o Instituto Terra Brasilis está sem uma definição da SEMAD, referente à interrupção do projeto Exposição do Centro de Visitantes do Parque Estadual do Rio Preto. Após uma série de indagações da SEMAD capitaneadas pelo então Secretário Adriano Magalhães a respeito da idoneidade do pregão presencial realizado por ela própria, todas sem qualquer fundamento no que diz respeito ao Terra Brasilis, foi aberta uma sindicância sobre a não entrega do produto final pelo Terra Brasilis. A sindicância realizada entendeu que toda a dificuldade do projeto foi causada exclusivamente pela SEMAD, e que a mesma deveria pagar ao Terra Brasilis a quantia devida de produto entregue e pago apenas parcialmente. A SEMAD resolveu não acatar as orientações determinadas pela Sindicância e abriu um processo administrativo punitivo contra o Terra Brasilis, o qual culminou, em 31 de dezembro de 2014, com a decisão do então Secretário Alceu M. Torres com pena de cerca de R$150.000,00 ao Instituto Terra Brasilis – não entrega do produto e cobrança de taxa administrativa. Fizemos nova defesa e insistimos na recusa de pagar tal e qualquer quantia, pois o problema é interno da SEMAD. Este processo encontra-se parado na SEMAD, sem solução.

 

PESQUISA SOBRE DISTRIBUIÇÃO DA BORBOLETA CRITICAMENTE AMEAÇADA PARIDES BURCHELLANUS NA REGIÃO DA SERRA DA CANASTRA

A ocorrência de Parides burchellanus, espécie de borboleta criticamente ameaçada e endêmica do cerrado, foi registrada na região da Canastra em 2012 por um fotógrafo amador, às margens do rio São Francisco, logo a jusante do Parque Nacional da Serra da Canastra. Em função deste registro, o Instituto Terra Brasilis conduziu entre maio e outubro de 2013 uma série de levantamentos em campo, com o objetivo de identificar a abrangência da ocorrência da espécie na região, investigando drenagens das bacias dos rios Araguari, Grande e São Francisco.

A espécie tem sido buscada sem sucesso por pesquisadores em várias áreas de seu registro histórico, de onde parece ter desaparecido. Até recentemente, eram conhecidas apenas duas populações remanescentes - uma em Brumadinho, perto de Belo Horizonte, e outra na região do Distrito Federal e entorno, distantes cerca de 640 km uma da outra. Nesse trabalho, a espécie foi registrada 42 vezes ao longo de cerca de 106 km de drenagens percorridas nas bacias dos rios Araguari e São Francisco. O resultado merece comemoração, pois esta é provavelmente a maior população conhecida da espécie. Além da equipe do Terra Brasilis, o artigo reúne pesquisadores do ICMBio e Universidade Federal de Minas Gerais, que trabalharam com a espécie e disponibilizaram dados de sua ocorrência.

 

CONSOLIDAÇÃO DA LISTA DE ESPÉCIES DE LIBÉLULAS DO REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE LIBÉLULAS DA SERRA DE SÃO JOSÉ, MG

O Instituto Terra Brasilis, em parceria com o Professor Angelo Machado da UFMG e os biólogos Werner Piper e Marcos de Souza, tem trabalhado para a consolidação da lista espécies de libélulas da Serra de São José, MG. Foi a partir dos resultados de um levantamento da fauna de libélulas que o Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG) decidiu criar na região, em 2004, o ‘Refúgio de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José’, a primeira unidade de conservação criada para a proteção de libélulas no Brasil.

Desde então, esforços complementares de levantamento de espécies de libélulas foram realizados na região, alcançando a marca de 128 espécies. A Serra de São José está entre as áreas mais ricas em libélulas já inventariadas no Brasil e no mundo, apesar de seu tamanho relativamente pequeno: 3.720 hectares. O motivo dessa elevada riqueza, acreditam os autores do trabalho, é a variedade de habitats úmidos que a Serra abriga.

 

PESQUISA SOBRE A ODONATOFAUNA DA NASCENTE DO RIO SÃO FRANCISCO, NO PARQUE NACIONAL DA SERRA DA CANASTRA

O Instituto Terra Brasilis realizou, como parte dos estudos que embasaram a elaboração do plano de manejo do Parque Nacional da Serra da Canastra (2005), um levantamento da fauna de libélulas da região. O levantamento resultou no registro de 112 espécies de libélulas, entre as quais um novo gênero e nova espécie da família Coenagrionidae, encontrado na região popularmente conhecida como nascente do Rio São Francisco.

Visando avançar no estudo taxonômico desse novo gênero e espécie, durante os meses chuvosos de 2014 o Terra Brasilis realizou levantamentos complementares na região da nascente simbólica do rio São Francisco, dentro do Parque Nacional da Serra da Canastra. Para surpresa dos pesquisadores, em apenas 600 m de drenagens no entorno desta nascente, este esforço complementar resultou no encontro de ainda outro novo gênero e nove espécies novas para a ciência - sete novas espécies da família Coenagrionidae e duas novas espécies da família Protoneuridae. Os resultados revelam o valor do Parque Nacional para a conservação da biodiversidade, que em grande medida permanece desconhecida.

 

PROPOSIÇÃO DE CRIAÇÃO DE RESERVA PARTICULAR DO PATRIMONIO NATURAL – RPPN PARA MANABI

O Instituto Terra Brasilis trabalhou junto à Mineração MANABI na elaboração de proposta visando a criação de uma Unidade de Conservação na categoria de Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN no município de Morro do Pilar, MG, na etapa de proposição da criação da UC: limites e fundamentos/justificativas.

A MANABI vem desenvolvendo um projeto minerário no município de Morro do Pilar, atualmente em fase de obtenção de Licença Prévia (LP). Trata-se de um empreendimento de exploração de minério de ferro de grande porte e localizado em uma região de características ambientais peculiares, uma vez que a região abriga fisionomias vegetacionais características do bioma Mata Atlântica, além de formações campestres sobre canga, cavidades naturais e uma significativa rede de drenagem da sub bacia do rio Santo Antônio. Em razão dessas características, as negociações voltadas à obtenção da LP foram desenvolvidas em diversas frentes, incluindo-se aí o Ministério Público Estadual, de forma a se construir uma proposta que buscasse o equilíbrio necessário a sustentabilidade do projeto em desenvolvimento. Nesse contexto enquadra-se a criação e implantação de uma Unidade de Conservação que proteja os atributos do meio natural.

 

ELABORAÇÃO DE PLANO DE TRABALHO DO TERMO DE COOPERAÇÃO AMBIENTAL GERDAU/ ICMBIO – CECAV

O Terra Brasilis trabalhou juntamente com a Gerdau e o ICMBio /CECAV na elaboração do Plano de Trabalho visando o cumprimento de requerimentos estabelecidos em um Termo de Compromisso Ambiental - TCA celebrado entre estas instituições. Este consiste no desenvolvimento de sete iniciativas distintas, a serem executadas com o acompanhamento do ICMBio. A partir da aprovação do Plano de trabalho pelo CECAV, coube à Gerdau S/A dar continuidade na execução das atividades pertinentes.


SELEÇÃO DE ÁREAS COM POTENCIAL PARA CRIAÇÃO DE RPPN NO CARSTE DE ARCOS, PAINS E DORESÓPOLIS, MG

A partir de Termo de Compromisso Ambiental - TCA firmado um entre o Instituto Chico Mendes e a Gerdau Açominas S.A. em 2014, este trabalho teve como objetivo o cumprimento de cláusula do referido Termo referente à apresentação de documento técnico, elaborado a partir de dados secundários, que contenha a delimitação de, ao menos, quatro áreas de estudo para criação de Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN na região de Arcos/Pains/Doresópolis, além da descrição preliminar dos atributos ambientais das áreas, em especial do patrimônio espeleológico, bem como a identificação de possíveis conflitos para a conservação das áreas.
O documento apresenta os procedimentos utilizados, uma breve contextualização dos atributos geomorfológicos, espeleológicos, arqueológicos e vegetacionais da região e apresenta as áreas selecionadas com potencial para criação da RPPN. Finalmente foram definidas as áreas prioritárias para o avanço na investigação sobre o potencial de criação de RPPN, além de próximas etapas do processo.

 

PROPOSTA SÓCIO-EDUCATIVA: TRANSFORMAÇÃO – PRÉDIO RAINHA DA SUCATA

O trabalho foi realizado a partir de demandada Gerdau S/A, a qual vislumbrava nesta oportunidade um protagonismo junto ao Circuito Cultural Praça da Liberdade, através de instalação e realização de atividades socioeducativa no edifício denominado “Rainha da Sucata”. O prédio foi concebido e construído nos anos 1980, em estilo pós-moderno.

Controverso e polêmico, o conjunto de materiais empregados na sua fachada e laterais o levou a ficar popularmente conhecido pelo nome de Rainha da Sucata. Com uma nova proposta para sua ocupação, este prédio, retrato de transformações a partir de matérias primas mineiras, culmina com um novo ciclo de sua vocação, tratando de eternas transformações: as da natureza e as do homem nela inserido! Essa é a sua proposta de ocupação – “Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

Construiu-se o modelo de mostra e discussão dos temas da transformação, os quais dividem-se em três assuntos principais: as transformações naturais, as transformações a partir da interferência humana, e a transformação de paradigmas. Assim, foi aproveitado todo o espaço do prédio Rainha da Sucata, sendo que o sub-solo foi destinado às manifestações artísticas e acadêmicas em temas correlatos àqueles discutidos e mostrados nos demais andares; o térreo, por vocação natural, é para o receptivo e a administração do edifício mas com imagens alusivas a processos de transformação. Os demais pavimentos, 1, 2 e 3, tratam dos temas relacionados aos três linhas de transformações apontadas acima, cada uma em um pavimento.

 

2. COMUNICAÇÃO INSTITUCIONAL

 

Departamento responsável por estabelecer, junto com a Presidência, a linha de comunicação do Instituto Terra Brasilis é também uma guardiã da sua marca. A ela cabe produzir conteúdo, montar os briefings, acompanhar e aprovar a criação, orçar e acompanhar a produção e fornecer todos os subsídios para que a confecção das peças estejam de acordo com os projetos aprovados e dentro dos preceitos institucionais do Terra Brasilis.

Em 2013, o trabalho envolvendo a comunicação do Instituto Terra Brasilis vivenciou um novo momento de evolução de alcance e diversificação de público, principalmente com as ações de assessoria de imprensa. Houve novamente esforço em consolidação das mídias próprias, além da participação constante em eventos, seminários e ações no ambiente educacional.

Ao longo de 2014, o setor de comunicação e marketing, intensificou seus esforços na comunicação institucional, com destaque para a reformulação do site do Instituto Terra Brasilis, do hotsite da Ecoteca Digital e o fortalecimento das mídias sociais. O Terra Brasilis esteve presente na mídia impressa, televisiva, radiofônica e online, com 50 inserções nos mais diversos veículos. Além disso, elaborou uma série de ações de comunicação e marketing para os projetos em curso, que envolveram a concepção de campanhas, que implicaram na produção de diversas peças.

Sempre com uma preocupação de fortalecimento da imagem institucional, cada trabalho realizado traz também embutido o principal conceito da instituição: promover a conservação e o uso responsável do patrimônio natural e cultural brasileiro, a partir de fundamentos técnico-científicos, tendo como princípios básicos a ética e o compromisso socioambiental.


3. CAPACITAÇÃO DA EQUIPE

 

Uso de GPS e da ferramenta GPS/Track Maker pelas brigadas de incêndio

Realizada a capacitação dos brigadistas para o uso correto do GPS e para boas práticas de coleta e armazenamento das informações dos relatórios de ocorrência de incêndios (ROI) e apoio à organização, tratamento, validação, quantificação e mapeamento dos dados dos ROI’s. Nos anos de 2013 a 2014 foram realizados dois treinamentos para cada uma das quatro brigadas de incêndio do Instituto Terra Brasilis (Mariana, Jardim Canadá, Itabira e Barão de Cocais). Os dados adquiridos foram utilizados na construção de um banco de dados geográfico empregado como base para a elaboração de mapas temáticos dos pontos e das áreas de ocorrência de incêndios e para realizar análises relativas à ocorrência de incêndios por município, por área da Vale, em unidades de conservação e no seu entorno imediato.

 

Curso de Formação de Bombeiro Civil Profissional

Em cumprimento ao determinado no Acordo Coletivo de Trabalho, firmado entre o Instituto Terra Brasilis e o Sindicato dos Bombeiros Civis do Estado de Minas Gerais, foi realizado o curso de formação de bombeiro civil profissional, com carga horária de 210 horas. Este curso foi ministrado em todas as 4 Bases de prevenção e combate a incêndio florestais sob a gestão do Terra Brasilis, formando cerca de 40 profissionais.

 

4. ATUAÇÕES POLÍTICAS

 

Reunião para revisão e monitoria do Plano de Ação para a Conservação do Pato-mergulhão

Em 2013, Lívia Lins e Flávia Ribeiro, membros do Grupo de Trabalho para Conservação do Pato-mergulhão, participaram da 2ª Oficina de Monitoria do Plano de Ação Nacional para a Conservação do Pato-mergulhão (PAN Pato-mergulhão) promovida pelo ICMBio, realizada no período de 17 a 21 de novembro de 2013, em Brasília/DF. Esta oficina, realizada anualmente, tem como objetivo a revisão e monitoria do Plano de Ação publicado em 2006 e revisado em 2008. Nesta reunião foram revisadas e avaliadas todas as ações previstas no Plano de Ação.

A 3ª Oficina de Monitoria do PAN Pato-mergulhão foi realizada no período de 01 a 04 de abril, na ACADEBIO, na cidade de Iperó/SP e contou com a participação de Lívia Lins e Flávia Ribeiro. Esta reunião contemplou a elaboração da matriz de monitoria, matriz de metas e a discussão do Programa de cativeiro da espécie. A oficina contou com a participação de pesquisadores, técnicos, especialistas da sociedade civil e de instituições públicas. Nestas reuniões sempre são atualizadas as planilhas de monitoria do PAN e o trabalho do Instituto Terra Brasilis foi o único que contribuiu efetiva e ininterruptamente para contribuir com a conservação desta espécie.


Diálogo Florestal – Minas Gerais

O Diálogo Florestal é uma articulação entre entidades ambientalistas e empresas florestais, voltada ao acompanhamento e troca de experiências das ações empresariais, que visam a proteção à biodiversidade e avaliação das políticas públicas, que por sua vez tem como tema a Silvicultura e Biodiversidade. O Terra Brasilis esteve representado por Luiz Carlos Cardoso Vale.


Conselho Consultivo do Parque Nacional da Serra da Canastra

Mantendo a política de maior aproximação com as instituições e comunidades de sua área de atuação, o Instituto Terra Brasilis participou ativamente no conselho consultivo do Parque Nacional da Serra da Canastra NO BIÊNIO 2013-2014, onde foram discutidas as ações desenvolvidas afetas a esta Unidade de Conservação, bem como os projetos propostos para execução na unidade.


Sistema Estadual de Gestão de Áreas Protegidas de São Paulo - SIGAP

O Sistema Estadual de Gestão de Áreas Protegidas de São Paulo foi criado a partir de uma demanda da sociedade a fim de apontar lacunas e diretrizes para as melhores práticas no que diz respeito à gestão de unidades de conservação do estado. Com reuniões trimestrais, este grupo tem trabalhado uma agenda visando o desencadeamento de ações voltadas para a eficiência técnica e financeira das unidades de conservação do São Paulo, bem como as melhores práticas para sua consolidação.O Instituto Terra Brasilis é membro do SIGAP.


5. PARTICIPAÇÕES EM EVENTOS

 

XX Congresso Brasileiro de Ornitologia, Passo Fundo, RS, de 4 a 7 de novembro de 2013, apresentação de pôster e palestra intitulada “Conservação e manejo do pato-mergulhão na região da Serra da Canastra”, foram apresentados os diferentes componentes do programa e os resultados alcançados durante os 12 anos de desenvolvimento do mesmo.

64º Congresso Nacional de Botânica – Belo Horizonte, MG, de 10 a 15 de novembro de 2013.
Palestra apresentada na mesa redonda Sempre-vivas: pesquisa e conservação: Estudo experimental a partir do saber tradicional como base para avaliação da sustentabilidade do extrativismo de sempre-vivas

Oficina do Plano de Ação Nacional para a conservação do Faveiro-de-Wilson (Dimorphandra wilsonii) com carga horária de 16h, realizado pelo Centro Nacional de Conservação da Flora – CNCFlora e Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte – FZB-BH no período 27 e 28 de agosto de 2014, em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Oficina do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção da Serra do Espinhaço Meridional com carga horária de 24h, realizado pelo Centro Nacional de Conservação da Flora – CNCFlora no período 3, 4 e 5 de novembro de 2014, em Santana do Riacho, Minas Gerais.

O Fogo no Parque Nacional da Serra da Canastra - I Seminário: Conhecimento Científico e Comunitário, realizado pelo ICMBio nos dias 20 e 21 de novembro de 2014 em São Roque de Minas, MG.

XXI Congresso Brasileiro de Ornitologia, Rio de Janeiro, RJ, 7 a 12 de dezembro de 2014, apresentação de pôster contendo novos resultados sobre a pesquisa biológica do pato-mergulhão


6. PRÊMIOS

 

Prêmio Gestão Ambiental – Zeladoria do Planeta
O Instituto Terra Brasilis recebeu pelo 2º ano consecutivo o prêmio Gestão Ambiental 2013, pela condução do projeto “Ecoteca Digital”. O evento é promovido pela ONG Zeladoria do Planeta e tem como objetivo valorizar práticas exitosas no desenvolvimento socioambiental no estado de Minas Gerais. Participaram da cerimônia de premiação a presidente Sônia Rigueira e coordenadora do Projeto Ecoteca Digital do Instituto Terra Brasilis, Sonia Carlos Carvalho, que novamente receberam a medalha e o certificado comemorativo.

III Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza
Em novembro de 2013, o Programa Pato-mergulhão foi o ganhador do prêmio III Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza Hugo Werneck, na categoria “Melhor Exemplo em Fauna”, organizado pelo Grupo Sou Ecológico. Integrantes da equipe do Instituto Terra Brasilis compareceram ao evento de premiação, que contou com a presença de políticos e empresários de Minas Gerais. Participaram da cerimônia de premiação a presidente Sônia Rigueira e a coordenadora do Programa Pato-mergulhão do Instituto Terra Brasilis, Lívia Vanucci Lins, as quais receberam o troféu comemorativo.

IV Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza
Em dezembro de 2014, o Projeto Ecoteca Digital foi o ganhador do prêmio IV Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade & Amor à Natureza Hugo Werneck, na categoria “Melhor Exemplo em TI”, organizado pelo Grupo Sou Ecológico. Integrantes da equipe do Instituto Terra Brasilis compareceram ao evento de premiação, sendo que a presidente Sônia Rigueira e a coordenadora do Projeto Ecoteca Digital do Instituto Terra Brasilis, Sonia Carlos Carvalho, receberam o troféu comemorativo.

 

7. PROJETOS EM CONTINUIDADE EM 2015

 

CONSERVAÇÃO DO PATO-MERGULHÃO/FUNBIO
Dando continuidade às ações desenvolvidas no ano de 2014, este projeto tem previsão de duração até junho/2015. Todas as ações previstas estão relacionadas à conservação do pato-mergulhão na região da Serra da Canastra e a busca de novas populações em outras áreas protegidas ao norte do Estado e Minas Gerais.

 

CONSERVAÇÃO DO PATO-MERGULHÃO/FNMA
Conforme mencionado no corpo do texto, será dado início ao projeto aprovado pelo Fundo Nacional do Meio Ambiente/FNMA, o qual contempla ações voltadas ao conhecimento da espécie, recuperação de áreas degradadas, conhecimento de aspectos voltados ao turismo e educação ambiental na região da Serra da Canastra. Este projeto foi aditado em 2014 e está previsto para ter duração até agosto de 2015.

 

CONSERVAÇÃO DO PATO-MERGULHÃO/PETROBRAS
O projeto Pato Aqui, Água Acolá é a principal fonte de recursos do programa Pato-mergulhão no momento e tem duração prevista até o final de 2015. As ações a serem desenvolvidas ao longo de 2015 neste projeto envolvem as atividades de educação ambiental, através da veiculação de exposição itinerante, distribuição de calendário, desenvolvimento da campanha Decisão Consciente para tomadores de decisão, atividades de recuperação de nascentes e áreas ciliares, bem como os estudos bio-ecológicos com o pato-mergulhão.

 

ECOTECA DIGITAL
Será dada continuidade às ações previstas e corriqueiras do projeto Ecoteca Digital, fruto do Convênio firmado com a Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Minas Gerais – SECTES-MG e a FAPEMIG. As atividades seguirão até agosto de 2015, quando se encerrará o Convênio.

 

PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS FLORESTAIS

Este projeto terá continuidade de suas ações até maio/2015, dentro de seu prazo regular de execução. No primeiro semestre, embora tenhamos atendido historicamente algumas ocorrências, o trabalho é menos intenso no que diz respeito ao combate a incêndios. Assim, com uma equipe reduzida, o período de chuvas trabalha com cerca de metade dos brigadistas.


8. PUBLICAÇÕES

 

O biênio 2013-2014 foi de grande produção científica por parte da equipe técnica do Instituto Terra Brasilis. Além de várias contribuições em palestras, congressos, etc, segue abaixo a relação das publicações científicas realizadas em periódicos de grande circulação, muitos deles internacioanis.

DALL’AGLIO-HOLVORCEM, C.; MESQUITA, C.A.B.; SILVA, T.B.; MORAES, A.P.; NETTO, D.S.A.; BENINI, R.M.; MENEZES, P.D.; TIEPOLO, G.; BEDE, L.C. 2013. Corredor ecológico Monte Pascoal – Pau-Brasil. In: Experiências de pagamentos por serviços ambientais no Brasil. (Pagiola, S.; Von Glehn, E.C.; Taffarello, D. Orgs.). São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo / Coordenadoria de Biodiversidade e Recursos Naturais. ISBN 978-85-8156-009-0.

A região da bacia do rio Caraíva e seu entorno no extremo sul da Bahia concentra importantes unidades de conservação. A implementação de um corredor ecológico conectando os fragmentos florestais do Monte Pascoal e Pau Brasil foi formulada e desenvolvida por organizações de conservação e desenvolvimento sustentável, em conjunto com associações comunitárias de Caraíva e Nova Caraíva, aliadas a proprietários rurais, para conciliar proteção das águas e solos, recuperação da mata nativa, conservação da biodiversidade e geração de renda.

O desenvolvimento do mercado de créditos de carbono oferece oportunidade de alavancar o processo de recuperação em grande escala, criando possibilidade real de reversão do processo de destruição. Com a implantação do componente carbono do Projeto Corredor Ecológico Monte Pascoal-Pau Brasil espera-se retirar da atmosfera aproximadamente 330.000 toneladas de dióxido de carbono (tCO2) ao longo de 30 anos, a partir da restauração florestal de cerca de 1.000 hectares (ha).


BEDE, L.C.; NEVES, A.C.; MARTINS, R.P. 2013. Extractive management of star-flowers (Eriocaulaceae): science and traditional knowledge as a basis for assessing its ecological sustainability. Anais do 64o Congresso Nacional de Botânica. P. 95-100. Belo Horizonte: Sociedade Botânica do Brasil. ISBN: 978-85-60428-07-6.

O trabalho relata a experiência de uma pesquisa relacionada aos efeitos do manejo extrativista sobre a ecologia e conservação de populações sempre-vivas (Eriocaulaceae: Comanthera) na região do Espinhaço mineiro. Nesse trabalho, as perguntas orientadoras foram elaboradas a partir de entrevistas com coletores de sempre-vivas e investigadas através de um estudo experimental. O processo de trabalho resultou na confirmação de vários elementos do saber tradicional dos coletores de sempre-vivas referente ao seu manej, e na elucidação de questões importantes relacionadas à sua conservação. O processo investigativo estruturado a partir da cultura local de manejo é recomendado como estratégia de pesquisa e ação para alcance de sustentabilidade no extrativismo de produtos da biodiversidade.


SCHROTH, G.; BEDE, L.; PAIVA, A.O.; CASSANO, C.R.; AMORIM, A.M.; FARIA, D.; MARIANO-NETO, M.; MARTINI, A.M.; SAMBUICHI, R.H.; LÔBO, R.N. 2013. Contribution of agroforests to landscape carbon storage. Mitigation and Adaptation Strategies for Global Change. DOI 10.1007/s11027-013-9530-7.

O trabalho demonstra o importante papel dos tradicionais sistemas agroflorestais de cacau do sul da Bahia, conhecidos como cabrucas, na estocagem de carbono – por conseguinte na mitigação de mudanças climáticas. Utilizando equações conhecidas para a relação entre porte arbóreo e biomassa, aplicadas a inventários florestais realizados em 55 fazendas de cacau e 24 áreas de florestas remanescentes em diferentes estágios de regeneração, o trabalho oferece estimativas do estoque de carbono em paisagens de cultivo de cacau sob diferentes intensidades de manejo.

Na referida região cacaueira, estima-se que as cabrucas reservem cerca de 59% do estoque de carbono arbóreo (acima do solo), ao passo que os remanescentes florestais guardam 32%. O artigo relata riscos referentes à perda de estoques de carbono em função da intensificação do manejo e aponta opções para a sua conservação, particularmente através do desenvolvimento de esquemas de redução de emissões por desmate e degradação florestal – REDD envolvendo produtores de cacau.


AGUILAR, T.M., REIS, J.E., CASTILLO, V.M., RIBEIRO, F., GOMES, V.M. & LINS, L.V. 2013. Oficinas de educação ambiental do projeto Pato Aqui, Água Acolá em escolas de São Roque de Minas, Minas Gerais, Brasil. e-Scientia 6(1): 16-35. Disponível em: www.unibh.br/revistas/escientia/

O objetivo deste artigo é apresentar os resultados das atividades de educação ambiental do Programa Pato-mergulhão obtidos ao longo do trabalho desenvolvido em oficinas de educação ambiental durante os anos de 2011 e 2012, bem como apresentar a percepção dos professores quanto ao impacto dessas atividades sobre seus alunos. Este trabalho foi desenvolvido nas escolas urbanas e rurais do município de São Roque de Minas, Minas Gerais. Foram realizados cinco ciclos de oficinas, nas quais participaram 881 alunos e 33 professores. Esses números representam 65,5%dos alunos e aproximadamente 24% dos professores das escolas de São Roque de Minas. Houve grande interesse dos alunos nas atividades e em debates propostos sobre dos temas tratados: ética, cidadania,conservação de fauna e flora, conservação de solos, proteção dos rios, conservação do pato-mergulhão. Os professores avaliaram as oficinas como uma experiência positiva, que enriqueceu o conteúdo programático e propiciou o desenvolvimento de uma visão crítica, não só quanto às questões ambientais, mas também quanto aos aspectos sociais da realidade desses alunos.

LINS, L.V., R.D. ANDRADE, A. LIMA NETO, R.D. HEARN, B. HUGHES, B.D. DUGGER, L.M. SCOSS, F. RIBEIRO, I.R. LAMAS & S.E. RIGUEIRA. 2013. Capture and marking the Brazilian Merganser Mergus octosetaceus in the Serra da Canastra region of Minas Gerais, Brazil. TWSG News 16: 17-19.

Em 2008 foi realizada a primeira captura científica de indivíduos do pato-mergulhão Mergus octosetaceus, ocorrida na região da Serra da Canastra. Foram realizadas duas campanhas de captura, em março e setembro, respectivamente. Os indivíduos foram capturados em redes de neblina com malha de 127 mm, instaladas nos rios São Francisco e do Peixe. Os indivíduos capturados foram marcados com anilhas plásticas coloridas e anilhas metálicas do CEMAVE, além de alguns terem recebido rádios-transmissores colados à cauda para posterior monitoramento por radiotelemetria.
Este artigo descreve a metodologia de captura dos indivíduos e os primeiros dados de peso do pato-mergulhão obtidos a partir dos 20 indivíduos capturados nas duas campanhas. Na primeira campanha foram capturados 3 indivíduos (2 adultos e 1 jovem) que receberam rádios-transmissores. Em setembro, foram capturados 17 indivíduos, sendo 7 adultos e 10 jovens, que receberam anilhas coloridas e metálicas. Destes últimos, 5 receberam também rádios-transmissores.


MMA 2014. PLANO DE AÇÃO NACIONAL PARA A CONSERVAÇÃO DO FAVEIRO-DE-WILSON (Dimorphandra wilsonii Rizzini). 2014. Martins, E.M.; Fernandes, F.M.; Madurenza, D.; Pougy, N.; Loyola, R.; Martinelli, G. (Orgs.). Rio de Janeiro: Andrea Jacobsson Estúdio: Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro. ISBN: 978-85-88742-68-0

Juntamente com a Fundação Zoobotânica de Belo Horizonte, o Centro Nacional de Conservação da Flora / Jardim Botânico do Rio de Janeiro e várias outras instituições de pesquisa e gestão ambiental em Minas Gerais, o Terra Brasilis trabalhou na elaboração do Plano de Ação Nacional (PAN) do Faveiro de Wilson. Publicado ao final de 2014 pelo Ministério do Meio Ambiente (http://cncflora.jbrj.gov.br/arquivos/arquivos/pdfs/PAN_Faveiro-de-Wilson.pdf). O Faveiro de Wilson é uma árvore criticamente ameaçada, contando com menos de 300 indivíduos adultos na natureza. Sua área de ocorrência restrita à porção central do estado de Minas Gerais, em áreas de cerrado ou de transição entre este e as florestas estacionais semideciduais. Entre os principais fatores de ameaça à espécie estão as queimadas e o parcelamento do solo para a expansão urbana.


NEVES, A.C.O.; NOGUEIRA, F.B.; ASSIS, L.R.; PAGLIA, A.P.; BEDÊ, L.C.; MARTINS, R.P. 2014. Reproductive allocation in rhizomatous, seminiferous and pseudoviviparous Leiothrix (Eriocaulaceae) species. Plant Ecology. DOI 10.1007/s11258-014-0355.

Realizado na Serra do Cipó, MG, o trabalho trata da ecologia e biologia reprodutiva de espécies da família Eriocaulaceae pertinentes ao gênero Leiothrix, investigando o seu investimento reprodutivo (número de inflorescências e produção de sementes) em diferentes modos de propagação: por sementes ou pseudoviviparidade, sua relação com o habitat e eventos impactantes como a ocorrência de queimadas.

A família Eriocaulaceae comporta mais de mil espécies e um grande número de táxons endêmicos à Serra do Espinhaço (MG, BA), onde se localiza o seu centro de diversidade. Muitas espécies dessa família botânica são visadas pelo extrativismo de inflorescências para uso ornamental, as chamadas sempre-vivas, várias delas constando em listas de espécies ameaçadas de extinção. O estudo de plantas da família tem grande importância aplicada à conservação.


CASSANO, C.R.; SCHROTH, G.; FARIA, D.; DELABIE, J.H.C.; BEDE, L.C.; OLIVEIRA, L.C.; MARIANO-NETO, E. 2014. Desafios e recomendações para a conservação da biodiversidade na região cacaueira do sul da Bahia. CEPLAC/CEPEC - Boletim Técnico n. 205. 54p. Ilhéus, BA.

No sul da Bahia, grandes extensões de terras são destinadas à produção do cacau (Theobroma cacao L.) à sombra de árvores nativas, em sistemas agroflorestais localmente denominados “cabrucas”. Por ocupar grande extensão na região cacaueira e ser um ambiente com características florestais, essas agroflorestas desempenham importante papel na conservação da biodiversidade regional em dos centros conhecidos de diversidade do ‘hotspot Mata Atlântica’.

A presente revisão tem como intuito compilar a informação existente sobre a biodiversidade na região cacaueira, visando subsidiar a construção de um plano de ação que tenha como meta conciliar a produção de cacau em áreas de cabruca e a conservação da biodiversidade. A partir das informações sintetizadas, foram identificados componentes que influenciam direta ou indiretamente o valor de conservação das cabrucas, e formuladas recomendações de manejo.

Além do Instituto Terra Brasilis, o trabalho contou com pesquisadores da Universidade Estadual de Santa Cruz, BA; Universidade Federal da Bahia; Universidade de São Paulo; Rainforest Alliance; Universidade Federal do Rio de Janeiro e ONG Bicho do Mato.


9. EQUIPE TERRA BRASILIS AO LONGO DE 2013-2014

 

Além dos membros fundadores e diretoria, a equipe do Terra Brasilis está composta por profissionais que trabalham em regime CLT e por consultores, ligados a projetos específicos constituindo-se de um grupo multidisciplinar. O Terra Brasilis contou, ao longo de 2013 e de 2014, com o trabalho de 38 profissionais. Somados a esses temos um quadro flutuante formado por profissionais contratados por tempo indeterminado ou temporários, os brigadistas. Além desses profissionais temos ainda as empresas associadas, as quais nos prestam serviços específicos de assessoria de imprensa, contabilidade, apoio jurídico e design gráfico, respectivamente.

 

Assembleia Geral e Diretoria
Sônia Rigueira (Presidente)
Luís Beethoven Piló (Vice-presidente)
Fábio José Feldmann

Conselho Fiscal
Adilson Aguiar Brito
Maria Bernadete Pinto da Cunha
Tânia Maria Machado Silva

Coordenação de Projetos
Lúcio Cadaval Bedê/Thaís Maya Aguilar

Comunicação
Sarah Santos Barbosa/Fernando Antônio Pacheco Silva
Luís Eduardo Moreira Seara

Geoprocessamento
Amanda Alves dos Santos, Geógrafa

Programa Pato-mergulhão
Lívia Vanucci Lins, Coordenadora
Donizete José da Costa/Luís Faria Costa, Técnico Agrícola
Edmar Simões dos Reis, Biólogo
Flávia Ribeiro Silva, Bióloga
Jéssica Elias Reis, Educadora Ambiental
Welington Geraldo Viana, Biólogo

Projeto de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais
José Elias Rigueira, Gestor
Anderson de Freitas e Silva, Coordenador da Base de Nova Lima/ Jardim Canadá
Jaqueline Silvano F. Venâncio Silva, Coordenador da Base de Barão de Cocais
Lucas Aguilar de Paiva/Rogério Marílio da Silva, Coordenadores da Base de Itabira
Rômulo Reis Pereira, Coordenador da Base de Mariana

Ecoteca Digital
Sonia Maria Carlos Carvalho, Coordenadora
Fernanda Christina da Costa, Bibliotecária
Roger Guerra, Tecnologia da Informação

Assistente administrativo
Felipe Cássio Vieira Silva

Recepção
Kauara Katarine F. Ferreira

Apoio Operacional
Arlindo Vieira Sabino

Consultores
Carlos Alberto Bouchardet, Administrador de Empresas
Luís Carlos Cardoso Vale, Engenheiro Florestal
Nélio Ribeiro , Designer Grafico
Ramiro Dias Neto, Médico-veterinário
Raoni Araujo Ferreira, Turismólogo
Ricardo Galeno, Engenheiro Florestal
Silvio Drummond, Tecnologia da Informação
Vanessa Matos Gomes, Bióloga
Vitor Marcos Aguiar de Moura, Arquiteto

Empresas Associadas
A Firma Comunicação, Marketing e Web
Adaequatio Estúdio de Criação
Aguilar Serviços Contábeis
De Fato Comunicação
Marcelo Tostes Advogados Associados