
Filhotes de pato-mergulhão nascem na Serra da Canastra
Pesquisadores do Terra Brasilis acompanham o nascimento de 10 filhotes da espécie que está ameaçada de extinção
19/07/2018
Há 16 anos o Terra Brasilis registrava o primeiro ninho de pato-mergulhão no Brasil. E desde então vem acumulando dados sobre a biologia reprodutiva do pato-mergulhão, como o tamanho da postura, tempo de incubação, sobrevivência dos filhotes, entre outros aspectos, que são essenciais para traçar estratégias para a conservação da espécie.
Estes esforços contínuos de monitoramento da espécie continuam gerando resultados. Neste mês de julho, a equipe do projeto Pato Aqui, Água Acolá, realizado pelo Terra Brasilis, acompanhou o nascimento de 10 filhotes de pato-mergulhão na região da Serra da Canastra, Minas Gerais, em dois ninhos diferentes. Os pesquisadores localizaram e monitoraram os ninhos durante todo o período de incubação até o nascimento dos filhotes. A espécie tem seu período de reprodução entre os meses de maio e julho.
O pato-mergulhão é uma ave aquática rara e criticamente ameaçada de extinção, hoje só encontrada no Brasil. É estimada a existência de apenas 250 indivíduos dessa espécie. A região da Serra da Canastra, em Minas Gerais, abriga a maior população conhecida desta espécie.
Por ser muito exigente em relação à qualidade ambiental, essa ave vive somente em rios de águas limpas e transparentes, com corredeiras e abundância de peixes, seu principal alimento. Cada casal ocupa cerca de doze quilômetros de rio, onde faz seu ninho em buracos nos barrancos ou nos ocos de árvores na beira do rio.
O projeto Pato Aqui, Água Acolá é realizado pelo Instituto Terra Brasilis, com patrocínio da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental, e vem desenvolvendo numerosas ações para garantir a conservação do pato-mergulhão e dos recursos hídricos na região da Serra da Canastra.